Crítica: A Lenda de Tarzan


A Lenda de Tarzan

É inegável que Tarzan é um personagem que consegue se conectar com vários tipos de mídia. Criado em 1912 por Edgar Rice Burroughs, o rei da selva é um ícone da literatura e também do cinema. Sua primeira adaptação para as telonas aconteceu em 1918.

De lá para cá, vimos vários longas do personagem, como a animação da Disney (1999), que procuram abordar a sua origem e sua criação junto com os animais. Já o novo filme de David Yates (Harry Potter e As Relíquias da Morte – Partes 1 e 2), “A Lenda de Tarzan”, a coisa muda um pouco de figura, o que é bom.

E é aí que o filme te conquista. Agora, vemos uma espécie de continuação da história que já conhecemos bem, o que é bom, afinal de contas, nos mostra um contexto inédito e pouco explorado até então. O filme não se trata da criação de um herói e, sim, do retorno de um homem à este posto. É claro que o nascimento é citado, mas não é o foco principal.

Na trama, John Clayton III (Alexander Skarsgård) mora ao lado da esposa, Jane (Margot Robbie), na cidade grande e quer ser reconhecido por ser um sujeito sério, totalmente adaptado ao mundo urbano. No entanto, ele precisa voltar ao Congo em uma missão que envolve um plano do vilão Leon Rom (Christoph Waltz), que quer do líder de uma tribo local alguns diamantes.

Quando percebe a armadilha, o protagonista vê Jane e seus amigos serem ameaçados e, a partir daí, precisa fazer de tudo para voltar a ser o mito que conhecemos. Os principais elementos do herói, como o tradicional grito e o andar típico de um homem primata, estão presentes no filme e deve encantar os fãs do personagem.

Talvez o que pesa contra o longa é o seu ritmo irregular. Mesmo com boas cenas de ação, a trama tem seus altos e baixos, o que a deixa um pouco cansativa. Em compensação, Margot Robbie chama mais uma vez a atenção com sua beleza e talento na pele do papel principal feminino. Outro destaque é Samuel L. Jackson, que está bem engraçado e bem a vontade como George Washington Williams.

Quem acha que “A Lenda de Tarzan” é um filme perdido e desnecessário se engana, pois é autêntico e seguro, afinal de contas, traz uma versão interessante de um personagem que aprendemos a respeitar ao longo das décadas. Vale a pena conferir!

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias