Crítica: Amazônia


amazonia_poster2Amazônia é um filme gracioso, com uma fotografia admirável, personagens amigáveis e enredo interessante. A qualidade imagética deste longa não está só no retrato da beleza natural do ambiente da floresta, mas também nas imagens trabalhadas e belíssimas da fauna.

O filme conta a história de um macaco(Castanha), ele passou sua vida inteira sendo domesticado para trabalhar em circos, sua família o vende para outra pessoa e na transferência de local o avião que transportava o inocente animal acaba caindo, e deixa ele como único sobrevivente.

Sem conhecer absolutamente nada dos perigos da floresta Amazônia, local onde o avião caiu, Castanha corre perigo, não sabe como obter alimento, não conhece a cadeia alimentar e nem imagina quem são seus predadores, muito menos sabe como é a mata. É nesse cenário que o espectador se sente próximo do solitário e carismático macaquinho que o filme se desenvolve.

Do início do longa até sua metade o espectador fica tenso sem saber se o macaco irá ou não sobreviver aos perigos do desconhecido. Do meio para o fim nos interessamos na relação de Castanha com Gaia, uma fêmea da espécie, ambas as partes do filme conseguem despertar interesse em quem assiste.

Amazônia é bem interessante, não só pelas belas informações visuais da fauna e flora da floresta, que agradam adultos e crianças, mas também pelo seu conteúdo que pode ser desde um conteúdo filosófico até um conteúdo ecológico, dependo de quem assisti e do que se quer levar do filme.

Evidente que ir ao cinema procurando algo convencional acarretará em frustração, pois apesar de Amazônia ser um bom longa, ele requer que seu espectador esteja preparado para ver um longa um pouco menos dinâmico e mais focado na beleza estética e na narrativa encantadora, que nos conecta a um animal fofinho para nos mostrar o choque do instinto animal com a cultura.

Entre algumas outras mensagens Amazônia tem um enredo que nos faz olhar para a relação humana com a natureza e vale a pena conferir, se possível leve as criança, é uma boa pedida para o público infantil.

por Tatiane Teixeira – Especial para CFNotícias