Crítica: Annabelle


Após ter roubado a cena em “Invocação do Mal”, Annabelle tem agora seu espaço para aterrorizar sozinha. Amaldiçoada, a boneca tem sua origem relatada no longa que leva seu nome e é dirigido por John R. Leonetti.

Baseado em uma história real, o filme se passa na década de 1970, o que facilita as cenas de terror em meio a aspectos antigos. Os protagonistas, Mia (Annabelle Wallis) e John (Ward Horton), formam um casal que vive normalmente, à espera do nascimento da primeira filha. Para presentear a esposa, John lhe deu uma boneca.

Numa certa noite, a residência do casal é invadida por Annabelle Higgins e seu companheiro, ambos adoradores ocultistas. Mia é atacada, e com a chegada da polícia, Annabelle comete suicídio com a boneca em seus braços. Com pingos de sangue em sua face, toda invocação e adoração satânicas da moça invadem o brinquedo.

Após o acontecimento, Mia começa a ser perseguida por forças demoníacas, e para se livrar delas, pede para que John se desfaça da boneca. John não hesita, e joga o brinquedo no lixo. Com o novo emprego do marido, o casal muda de cidade, mas no novo apartamento, uma surpresa (ou não) nas caixas de mudança: a boneca Annabelle estava lá.

Dessa forma, as perseguições assombrosas retomam a rotina de Mia, e pior do que isso, ameaçam roubar a alma da bebê do casal, Leah, o que arrasta um drama maior em meio as cenas de terror.

O roteiro desenrola-se com uma excelente trilha sonora acompanhada de sequências com verdadeiros sustos, sem muitas ameaças. Resultado disso são as chamadas viradas de tomada, rápidas e apavorantes. A fotografia é sempre escura, trazendo clima de tensão constante, com destaque para a sequência no porão do prédio e elevador, em total escuridão, em que o próprio demônio persegue Mia.

Uma das cenas mais assustadoras e que merece ser destacada foca este mesmo demônio, com cabeça em formato de carneiro, segurando a boneca em meio às cortinas da sala do apartamento do casal. Antológica e de arrepiar.

Sendo assim, vale a pena levar alguns sustos prestigiando “Annabelle”.

por Evelyn Oliveira – Especial para CFNotícias