Crítica: “Aqueles que me desejam a Morte”


Baseado no livro homônimo de Michael Koryt – que também assume o papel de roterista, ao lado de Charles Leavitt e do diretor Taylor Sheridan -, o suspense “Aqueles que me desejam a Morte” (Those who wish me dead) estreia nos cinemas brasileiros.

Com uma trama envolvente e cheia de reviravoltas, temos a história da bombeira florestal Hannah (Angelina Jolie) que carrega seus demônios pessoais e uma grande culpa pela perda de três vidas em um incêndio acontecido no ano anterior.

Mas o destino coloca em seu caminho o jovem Connor (Finn Little), que luta pela vida ao fugir de Jack e Patrick (Aidan Gillen e Nicholas Hout), assassinos cruéis que querem vê-lo morto a qualquer custo, a fim de evitar o vazamento de informações envolvendo a participação de influentes políticos em fraudes contábeis.

Para complicar, o maior inimigo dos protagonistas será o fogo na floresta de Montana (estado americano onde se passa a narrativa), provocado por um incêndio criminoso – o que coloca a segurança e a manutenção da vida da dupla ainda mais em perigo.

O roteiro primoroso de “Aqueles que me desejam a morte” nos remete a grandes momentos de apreensão, drama e ainda conta com doses na medida certa de um humor ácido que ajudará a compreender todo o processo de luta de Hannah em seu íntimo.

Não há como não se apaixonar pela interpretação de Angelina Jolie em vários momentos do filme. Ela passa de passional a intrépida bombeira com a mesma facilidade em que se move pela floresta e não deixa transparecer o que lhe consome a alma – mas podemos ver em seus olhos que a dor é mais forte do que sua vontade.

Também vale destacar o impecável trabalho da atriz Medina Senghore, que brilha como a monitora de acampamento Alisson, e mostra o quanto uma personagem bem construída faz diferença no resultado final de um título com esse grau de inquietação.

O best-seller que deu origem a essa adaptação cinematográfica chega ao Brasil como lançamento da Editora Trama e é uma ótima oportunidade para fãs do gênero compararem as histórias e como foi o processo de passagem de um tipo de publicação impressa para as telas do cinema. É uma obra que deve estar na biblioteca de todos os amantes da boa leitura de suspense.

Tome todas as precauções para sua saída nesta época de pandemia e aproveite ao máximo a ida ao cinema.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.