Crítica: Assassin’s Creed


Michael Fassbender como Callum Lynch

Muitos acreditam que há uma espécie de maldição em relação às adaptações de games para o cinema. Isso porque são raros os filmes do gênero que se salvam. A verdade é que “Assassin’s Creed” tinha tudo para quebrar tudo isso, já que é estrelado por Michael Fassbender (Steve Jobs), Marion Cotillard (A Origem) e Jeremy Irons (Batman Vs Superman: A Origem da Justiça), mas infelizmente o longa decepciona, e muito.

Tudo porque a trama se apresenta confusa e arrastada do início ao fim. É verdade que há momentos interessantes, principalmente nas cenas de ação, mas é só. Vale destacar a cena inicial, em que a famosa Águia aparece voando. O ângulo mostrado pelo diretor Justin Kurzel é interessante, pois reforça o simbolismo que o animal tem para os assassinos.

Na história, Callum Lynch (Fassbender) é um condenado à morte que é levado para um instalação misteriosa que pertence a Abstergo Industries. Lá, ele conhece a Dra. Sofia Rikkin (Cotillard), filha do CEO da empresa e líder do projeto ANIMUS (Irons).

Tal projeto faz com que Call descubra que é descendente de uma ordem formada por assassinos e explore a memória genética de seu ancestral espanhol do século 15, o guerreiro Aguilar de Nerha. Com isso, o protagonista passa a viajar no tempo para experimentar os eventos do passado e impedir que os Templários obtenham a Maçã do Éden, um objeto valioso que pode erradicar o livre-arbítrio.

É verdade que o trio principal até demonstra um bom entrosamento, mas claramente falta consistência nas atuações de todos nos momentos mais dramáticos. Uma pena, ainda mais se levarmos em conta que Fassbender, Cotillard e Irons são o principal chamativo do filme, principalmente para quem não conhece tanto o jogo.

Aliás, estar por dentro do universo do game é fundamental para o entendimento completo da película. No primeiro momento, isso parece bom (os fãs vão poder desfrutar vários “fans services”), mas nesse caso específico é ruim pois as referências não são tão claras, o que deixa a pessoa mais leiga no assunto fique confusa.

Quem tinha a esperança de que “Assassin’s Creed” fosse finalmente mostrar para o público que games também é um produto rico para o cinema é bom tirar o cavalinho da chuva. Uma pena, afinal de contas, o jogo possui um material extenso e rico para ser explorado na telona. Fica para a próxima.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias