Crítica: Como Ser Solteira


Pôster de Como Ser Solteira

“Como Ser Solteira”, comédia estrelada por Dakota Johnson (Cinquenta Tons de Cinza), Rebel Wilson (A Escolha Perfeita) e Leslie Mann (Mulheres Ao Ataque), até traz pontos interessantes, principalmente por evidenciar as vantagens e desvantagens de não ter um(a) namorado(a), mas infelizmente escorrega nos clichês de um tema que está longe de ser novidade no cinema.

Baseado no livro homônimo de Liz Tuccillo, o filme também não encanta pois traz diversas piadas sem graça. Rebel Wilson, que costuma se destacar em comédias, dessa vez surge com uma atuação que soa forçada em alguns momentos, pois exagera no humor.

Na trama, Alice (Johnson) resolve desmanchar seu relacionamento para descobrir como é ser solteira. Não sabendo o que fazer sem o namorado, ela começa a sair com Robin (Wilson), sua nova amiga que ensina como uma moça solteira deve se comportar nas noites de Nova York.

Nesse contexto, podemos ver novamente a aparição de “personagens carimbados” nesses tipos de filme, como o rapaz garanhão que não aceita o fato de estar apaixonado, a mocinha desesperada que sonha em encontrar o futuro marido, a amiga que só quer saber de curtição e, claro, a protagonista que não sabe o que quer para o seu futuro.

Para não dizer que há somente pontos ruins, o filme tem suas virtudes, como tramas paralelas interessantes. A maior delas gira em torno de Meg, personagem de Leslie Mann. Com alguns momentos tocantes, a atriz se destaca ao conduzir o drama de uma médica que deseja ter um filho.

Além disso, Mann é dona de uma das cenas mais divertidas de todo o longa. Nela, Meg conversa com um bebê e tenta resistir a fofura de uma menina loirinha que não para de sorrir e fazer graças.

Para quem gosta de comédias românticas, “Como Ser Solteira” até pode ser uma boa opção de entretenimento, pois traz momentos divertidos. No entanto, por discutir um tema interessante, o filme podia ousar mais e tentar coisas novas, justamente para não ser taxado como mais um filme do gênero.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias