Crítica: Deadpool 2


Tenho que ser sincero, e não acredito no que vou dizer. Isso é para eu não ficar falando sem ver primeiro: “Deadpool 2” é bom mesmo (#prontofalei). Chega aos cinemas hoje a continuação deste ser que não tem apreço nenhum pela moral e pelos bons costumes, mas quem sou eu para falar alguma coisa se o pior inimigo de meu herói preferido é um palhaço psicótico e sem coração?

O que devemos esperar deste anti-herói? Tudo e nada ao mesmo tempo. Tudo, pois com ele não tem tempo ruim, bate e mata bandidos, ama sua namorada Vanessa (sem comentários, vai que o Wade lê este texto) – inclusive a participação desta é de uma importância sem igual para o filme (não poderia ser diferente é a Morena Baccarin, gente), então fiquem atentos.

Tem um humor macabro, politicamente incorreto, não tem respeito pelas leis, desvirtua a moral e os bons costumes (acho que já usei essa expressão), assim como não tem nenhum senso ético. E nada porque eu achei que ia ficar legal no texto, mas não consegui pensar em nada para falar sobre isso.

É um filme que não deve ser visto por pessoas com estômago fraco ou que não curtam situações extremas – em todos os sentidos. A ação é fenomenal, as piadas são mordazes e ácidas, o roteiro está muito bem amarrado e há uma sincronia que não esperava ver nas telas exatamente nesta produção (já admiti antes que estava errado). As atuações me surpreenderam – inclusive dos integrantes da X-Force – e comentário especial para Josh Brolin, que interpreta o personagem Cable e que também é o Thanos em “Vingadores: Guerra Infinita” (o cara é bom).

Os eventos têm início em “Deadpool” (2016), quando conhecemos Wade Wilson um ex-mercenário que vê sua vida mudar radicalmente quando descobre que está com um tipo agressivo de câncer e decide se submeter a uma experiência que o torna virtualmente imortal e com um poder de regeneração incrível.

Temos agora uma trama que não precisa mais apresentar o personagem para o grande público e Deadpool (Ryan Reynolds) está totalmente livre, leve e solto para fazer o que mais gosta: matar, matar e outra coisa qualquer, pois é tão pirado que é complicado dizer o que ele realmente gosta.

Quase esqueci de comentar sobre a espetacular trilha sonora e as cenas com referências a temas das mais diversas culturas, é uma piada mais interessante que a outra, mas é preciso prestar atenção para não perder o contexto. Um exemplo é quando ele está na mansão do Professor Xavier e vemos de relance alguns nomes bem conhecidos, mas é muito rápido, por isso não pisque. Não saia antes dos créditos finais, pois há cenas especiais.

Não vou escrever para pegar a família e ir ao cinema, pois não é um longa familiar (apesar do Mercenário afirmar o contrário!). Esconda as crianças menores e leve sempre alguém responsável com você para poder se soltar e cometer todas as loucuras que sua diversão permitir, mas com moderação, caso contrário nem Wade saberá o que pode acontecer.

por Clóvis Furlanetto – Editor