Crítica: Duna


Chega aos cinemas uma verdadeira história espacial com aventura e emoção. “Duna” (Dune) representa uma nova versão do clássico da literatura do autor Frank Herbert para o cinema com a produção da Warner Bros. Pictures e Legendary Pictures.

A história narra a tradicional jornada do herói que busca a redenção e salvação de seu mundo. Temos o jovem Paul Atreides (Timothée Chalamet), que por ordem do Imperador da Galáxia, Shaddam IV, parte, com seus pais, para o distante planeta Arrakis.

O local era dominado pelo terrível Barão Vladimir (Stellan Skargård) da família Harkonnen, que deseja a todo custo retomar o controle da produção de uma especiaria que permite a viagem espacial e é encontrada apenas neste planeta inóspito, habitado pelo povo Fremen e pelos perigosos vermes da areia gigantes conhecidos como Shai Hulud.

Em 1984, tivemos uma adaptação de “Duna” para o cinema e duas séries: “Duna” (2000) e “Os Filhos de Duna” (2003) e agora a nova produção do diretor Denis Villeneuve que, em minha opinião, representa uma renovação e modernização da linguagem da trama para o cinema. Infelizmente não tive a oportunidade (ainda) de ler os livros, mas assisti ao filme anterior – que não é ruim, só possui uma trama mais arrastada e que pode não agradar ao público.

Na versão de Villeneuve, a narrativa flui de modo tão agradável que não percebemos o tempo passar e o gostinho de quero mais não será uma impressão, pois esta obra é a primeira parte da história e devemos aguardar o retorno da bilheteria e público para sabermos se haverá a sequência. Espero que sim.

Mesmo não tendo um final com a devida conclusão, “Duna” é um filme que merece ser visto nas telas dos cinemas, pois as composições visuais e artísticas estão perfeitas nos levando – literalmente – a outro mundo, onde tudo é possível em termos de imaginação e complexidade narrativa. Sem falar nos figurinos, efeitos especiais e marcante trilha sonora que não podem faltar em uma obra de ficção científica.

Na questão das interpretações, temos figuras que realmente ganharam vida nas mãos de seus intérpretes, como é o caso de Timothée Chalamet como o personagem Paul Atreides, e Stellan Skarsgård, como o Barão Vladimir Harkonnen. Recomendo que prestem muita atenção neste este personagem e no excelente trabalho de maquiagem, pois ficou extremamente realista.

“Duna” é apresentado em uma sequência de crescente narrativa que tem tudo para contar a história de forma harmoniosa e inteligente, criando um elo entre o filme e o público que será impossível de ser dissolvido.

Então, prepare seu traje especial para o deserto, verifique seu estoque de água e tome as devidas precauções de segurança para enfrentar uma das maiores aventuras que verá nas telas dos cinemas.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.