Crítica: “Godzilla vs. Kong”


Após alguns adiamentos causados pela pandemia de Covid-19, estreia nos cinemas brasileiros o aguardado combate do milênio “Godzilla vs. Kong”. A produção que já está disponível na plataforma de streaming HBO Max (serviço que chega ao Brasil no fim de junho) é de tirar o fôlego, mas mesmo assim não deixe de usar a sua máscara e seguir as orientações das salas de exibição.

Na filmografia mundial, as lutas entre os titãs gigantescos comandados por Godzilla estão acertadamente entre as melhores situações de ação e aventura, em minha opinião, pois mexem com nosso imaginário. E, ao lado de robôs gigantes, muitos desses ditos “monstros” (o que na realidade nem todos os são no sentido literal da palavra) estão na Terra para defender a humanidade ou pelo menos a natureza.

No longa dirigido por Adam Wingard temos o encontro destes dois lendários personagens. King Kong segue na Ilha da Caveira, sendo mantido escondido do mundo pelo grupo Monark – uma entidade do governo dedicada a estudar e manter essas criaturas fora dos olhos da humanidade e, neste momento, longe de Godzilla.

Mas uma nova ameaça faz com que o Rei dos Gorilas seja remanejado, o que desperta a atenção do temível lagarto gigante, o que é o ponto inicial para ação após ação, soco após soco, raios radioativos em grande quantidade e um final surpreendente entre os grandes combatentes.

Finalmente será revelado um grande segredo que é a chamada “Terra Oca”,  local mítico onde o governo acha que outras criaturas vivem no interior do planeta. E é claro, tudo sai do controle, mas temos defensores humanos para evitar – ou pelo menos tentar evitar – uma catástrofe mundial.

Entre os vários personagens, duas figuras em tela merecem destaque: Millie Bobby Brown que volta a interpretar Madison Hussell (já vista anteriormente em “Kong: A Ilha da Caveira”). Ela está espetacular, fugindo totalmente do estereótipo de Eleven, protagonista da série “Stranger Things” e um de seus papéis mais marcantes e populares. E Kaylee Hottle, que dá vida à garotinha Jia, que seria uma espécie de elo (ou o mais próximo de algo como uma amizade) entre Kong e os humanos.

E não vou me ater às interpretações e roteiro, embora valha ressaltar o bom trabalho em ambos os casos, pois estamos falando de ação entre criaturas gigantescas. Não devemos esperar textos profundos sobre a vida, o que queremos (e recebemos!) é muita aventura e lutas épicas.

Mostrando a força (também literalmente falando) de seus protagonistas, “Godzilla vs. Kong” chega às telonas carregando ótimos e surpreendentes números parciais de bilheteria mundial, alcançados em uma época tão complicada quanto a que passamos – inclusive no que diz respeito à indústria cinematográfica. Boa notícia para os fãs e ótimo sinal para o que pode ser o futuro do chamado MonsterVerse.

por Clóvis Furlanetto – Editor King

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.