Crítica: Goosebumps: Monstros e Arrepios


gooseApós deixar a cidade grande e mudar-se para a pacata Greendale, Zach (Dylan Minnette) se interessa por Hannah (Odeya Rush), filha do rabugento autor de livros de terror infantis R. L. Stine, interpretado por Jack Black (Escola de Rock, 2003).

Acompanhado por Champ (Ryan Lee), seu mais novo melhor amigo, e espantado pelos gritos vindos da casa vizinha, Zach invade o lar de Stine e descobre um universo de livros, trancados e guardados metodicamente. Quando abertos, as histórias tornam-se reais, e os mais diversos monstros criados pelo escritor ganham vida própria.

A princípio, imaginamos a personagem de Black como antagonista na trama. Muito disso se deve à infância do pai de Hannah que, antes de tornar-se um renomado autor com mais de 400 milhões de cópias vendidas, viveu com uma alergia que o tornou isolado durante toda sua vida acadêmica. O verdadeiro vilão, porém, sai de uma de suas obras e é feito de madeira: um boneco ventríloquo chamado Slappy.

A motivação do autor ao escrever histórias se torna bastante evidente quando associada a sua trajetória. Porém, a origem do poder incorporado nesses contos é incerta. Com o desenvolvimento da narrativa, entendemos que os textos são sistematicamente escritos na mesma máquina de escrever, mas nunca descobrimos ao certo o porquê da aparição dos monstros quando “destrancados”.

“Goosebumps: Monstros e Arrepios” não busca conquistar somente os fãs do autor ou da famosa série para TV dos anos 1990, a proposta pensada para uma grande diversidade de público é confirmada através dos diversos momentos explicativos no decorrer do roteiro.

No geral, o filme de Rob Letterman mira e acerta em cheio. Com cara de franquia, o longa tem tudo para ganhar popularidade entre o público infanto-juvenil. Muito por conta das mudanças na direção da narrativa, do romance adolescente ou o crescimento pessoal do herói na telona.

por Otávio Santos – Especial para CFNotícias