Crítica: Han Solo: Uma História Star Wars


Chega aos cinemas de todo o Brasil Han Solo: Uma História Star Wars (Solo: A Star Wars History) que representa o novo conceito criado pela Disney para a franquia de sucesso Star Wars. Com esse lançamento, a produtora dá continuidade à sua ideia de contar tramas fora dos filmes tradicionais da saga. Agora temos a oportunidade de conhecer o início de carreira do negociante (leia-se contrabandista) Han Solo, um dos mais famosos capitães espaciais do universo da ficção científica.

A aposta em se produzir longas com narrativas paralelas aos acontecimentos da história tradicional de Star Wars deu um novo fôlego a franquia, e claro que os fãs estão maravilhados. Um ponto importante é que uma das preocupações do estúdio é manter a ambientação original e não colocar em cena uma computação gráfica que tenha cara de muito moderna. Assim temos uma visão mais nostálgica destas novas produções.

O personagem ganhou vida sob a hábil interpretação do ator Harrison Ford, todos os trejeitos de um canalha, cafajeste e contrabandista (não são ofensas, calma aí) foram devidamente incorporados por ele em suas aparições. Por este motivo, m filme que leve o nome de Solo precisava ter todo o cuidado em sua produção e escolha de elenco.

Nosso bom e querido Chewbacca (agora interpretado por Joonas Suotamo) manteve seus velhos e conhecidos hábitos de um Wookie tradicional, e descobrimos finalmente como começou a amizade entre estes dois ícones do cinema. Lando Calrissian (Donald Glover) está perfeito – o ator que é filho do grande Danny Glover mostra como se faz na tela uma bela interpretação, se destaca em várias situações, e não temos como separar a sua interpretação da original do ator Billy Dee Williams. Sensacional.

A Millenium Falcon é outra que rouba todo o filme e não apenas algumas cenas. Também saberemos como ela foi parar nas mãos de Han e se tornou uma referência internacional de nave espacial.

Com um roteiro bem amarrado, com piadas leves – mas bem elaboradas – e uma trama envolvente, temos várias revelações que irão amarrar várias pontas soltas na franquia original. Também vale citar mais um competente trabalho de John Williams (que fez o tema original de Han), ao lado de John Powell, responsável pela trilha sonora.

Agora aposto que você deve estar se perguntando sobre o principal. E o novo Han Solo? Deixei por último de propósito, pois queria falar muito bem de todo o filme para dizer que o ator Alden Ehrenreich se esforça e em alguns momentos ele até consegue convencer, mas infelizmente falta muito trabalho para ser um Solo crível do começo ao fim. Ele me surpreendeu (positivamente, que fique claro), como disse, o ator se esforçou, estudou os trejeitos de Ford e não deixou a desejar.

Mas este ponto sobre a atuação do protagonista, ou mesmo a falta de semelhança física com o personagem a quem dá vida, não tiram o mérito do filme ser maravilhoso. São “apenas” aspectos que precisam melhorar caso haja alguma continuação.

Pegue seu Wookie e vá ao cinema conhecer a origem de mais uma lenda do cinema, você não vai se arrepender.

por Clóvis Furlanetto – editor “rebelde”