Crítica: Homem-Aranha – De Volta Ao Lar


Depois de patinar com seus últimos filmes solo (principalmente os dois últimos estrelados por Andrew Garfield), Spider-Man (Tom Holland) está de volta e dessa vez vem com tudo em “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”. E mais: o aracnídeo está à vontade e se sentindo em casa depois de “Capitão América: Guerra Civil”, sua primeira participação no Universo Cinematográfico da Marvel. Que bom!

Já estava na hora do herói fazer parte desse gigantesco arco que a famosa casa das ideias criou (parabéns Sony e Marvel por proporcionarem esse momento!). E se levarmos em conta esse novo longa, dá para esperar muita coisa boa do amigão da galera daqui para frente.

O filme começa com a apresentação do Abutre, vilão interpretado por Michael Keaton (Fome de Poder). Em seguida, vemos as ações do protagonista durante sua participação no famoso duelo entre os Vingadores em um aeroporto alemão. Depois disso, passamos acompanhar o cotidiano de Peter Parker e sua luta contra o crime, além do seu imenso desejo de fazer parte do time de heróis ao lado do Homem de Ferro e companhia.

No primeiro momento, percebemos que Tony Stark (Robert Downey Jr.) é realmente um mentor para Peter, tanto que fornece um upgrade no uniforme que o rapaz usa para combater os criminosos. O fato é que tudo isso é testado quando o antagonista surge com uma grande ameaça e coloca em risco a vida de todos na cidade. Empolgado com a oportunidade de provar que pode entrar para os Vingadores, o protagonista coloca de lado sua rotina escolar e sua vida pacata ao lado da Tia May (Marisa Tomei) para tentar vencer o criminoso.

Os trailers e os cartazes podem indicar que Stark vai roubar a cena e tomar conta de tudo, mas não é o que acontece. E isso é ótimo, afinal de contas, o filme é do Homem-Aranha, ou seja, é ele quem queremos ver em ação e metendo a porrada nos inimigos. Agora, isso não quer dizer que o poderoso milionário não tenha sua importância para a trama. Sua participação é pontual e importante para o futuro do CMU (Marvel Cinematic Universe).

Ao contrário de outros filmes do teioso, a versão do diretor Jon Watts procura olhar para frente. A trama é direta, divertida, cheia de ação e nem um pouco preocupada em perder tempo contando a origem do herói. Ela é explicada de forma resumida, o que é bom, mas quem já não está cansado de saber isso? Confesso que até perdi a conta de quantas vezes tive que ver o Tio Ben morrer.

Em contrapartida, a saudade de ver um dos maiores heróis da Marvel dominando as telonas em um filme próprio era grande (o último foi em 2013). “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” compensa o tempo perdido, já que é bem empolgante do início ao fim. Além disso, Tom Holland é o Peter Parker que qualquer fã deseja: inteligente, astuto e valente. Bem-vindo mais uma vez, amigão!

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias