Crítica: Johnny English 3.0


Quem conhece Rowan Atkinson sabe que Mr. Bean é o seu personagem mais famoso. No entanto, pode-se dizer que o espião atrapalhado Johnny English também merece uma atenção especial, já que satiriza de maneira inteligente o clássico James Bond e outros filmes importantes de espionagem. Com dois longas na bagagem, o agente agora chega com o seu filme mais engraçado. É isso mesmo! “Johnny English 3.0” é divertido, leve e descontraído.

E grande parte do mérito tem que ir realmente para Atkinson, já que consegue arrancar risadas com seus gestos corporais desengonçados e caretas descontroladas. Destaque para a cena em que o protagonista entra numa realidade virtual para simular o ataque à casa de um grande inimigo.

Na história, English está aposentado do MI7 e segue sua vida dando aulas de espionagem para crianças. Depois de todo o sistema do governo britânico ser invadido, a primeira ministra (Emma Thompson) se vê na obrigação de chamar um espião que não esteja registrado nos arquivos virtuais do parlamento para cumprir tal missão. Qual o primeiro nome da lista? Ele mesmo!

Logo de cara o então agente aposentado aceita o desafio e, junto com o seu amigo Bough (Ben Miller), tenta desvendar a identidade do criminoso que está assombrando todo o país. A partir daí, já dá para imaginar o que acontece com o herói. Também vale destacar a cena em que se disfarça de garçom para pegar o celular de um suspeito.

Quem também chama atenção na trama é Olga Kurylenko (007 Quantum Of Solace), que vive Ophelia Bhuletova, uma mulher misteriosa que aparece no caminho do inglês. Além de sua beleza exuberante, a atriz ucraniana se mostra totalmente à vontade no papel e bem sedutora, já que exibe o tempo inteiro seu olhar penetrante. Não é para menos, afinal de contas, “uma vez bondgirl sempre bondgirl”.

Para quem curte uma comédia à moda antiga, com um humor ingênuo e efetivo, “Johnny English 3.0” é uma escolha segura, pois Rowan Atkinson nos mostra que, mesmo vivendo um momento em que para ser engraçado muitas vezes é preciso dizer palavras agressivas e sexuais, é possível rir com coisas mais simples.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias