Crítica: Juliet, Nua e Crua


Baseado no livro homônimo escrito por Nick Hornby, a comédia romântica “Juliet, Nua e Crua” consegue entreter de maneira leve e descontraída, apesar de apesentar momentos com certa dose de drama.

Na história, Annie (Rose Byrne) é uma moça do interior da Inglaterra que trabalha no museu da cidade e vive com Duncan (Chris O’Dowd), um sujeito que é professor e muito fã de um cantor alternativo de rock, chamado Tucker Crowe (Ethan Hawke), que há anos está longe da mídia. O olha que é fã mesmo, já que possui todo tipo de colecionável e comanda grupos de bate-papos sobre o músico na internet.

Cansada de conviver com o fanatismo do marido, Annie, além de pedir a separação, escreve uma crítica pesada sobre uma das músicas do astro. Surpreendentemente, Crowe manda um e-mail concordando com todos os seus argumentos.

A partir daí, a protagonista começa a trocar mensagens com o artista, o que a faz conhecer sua personalidade. O interessante no longa é justamente a reflexão que ele desperta através dos dramas vividos por Annie e Crowe. Enquanto ela tenta dar o passo para crescer na vida, ele tenta lidar com as escolhas que fez ao longo da carreira.

Com certeza há momentos divertidos. Um deles é a cena em que Duncan vê o cantor ao lado da ex em uma praia e não o reconhece. Outra passagem marcante é quando Crowe está internado e vê a presença de todas as suas antigas esposas, deixando Annie bem constrangida com a situação.

Para quem conhece os livros de Hornby, sabe que várias obras já foram para o cinema, como “Um Grande Garoto” (com Hugh Grant) e “Febre de Bola (com Colin Firth), além de “Alta Fidelidade” e “Uma Longa Queda”. Dentro dessas opções, “Juliet, Nua e Crua” não é a adaptação cinematográfica mais notável do autor inglês, mas consegue ser interessante e competente.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias