Crítica: “Kubo e as Cordas Mágicas”


kubo-e-as-cordas-magicas-poster-critica

O novo filme dos estúdios Laika, também responsáveis por “Coraline”, “ParaNorman” e “Boxtrolls”, impressiona por sua técnica e qualidade. A trama, criada por Marc Haimes, Chris Butler e dirigido por Travis Knight é marcada pela mitologia oriental, apresentando elementos da vida e da morte.

A animação “Kubo e as Cordas Mágicas” se inicia com uma mulher sozinha lutando pela sua vida em um barquinho, desviando de ondas gigantescas em meio a uma forte tempestade. E quando tudo parecia perdido, ela utilizou um shamisen, instrumento musical que possui cordas mágicas, para abrir o mar e se esquivar da morte.

Esse ato de coragem não apenas a salvou, mas também ao pequeno Kubo, que acabou de perder seu pai, e um dos olhos, para forças do mal – seu avô, o Rei Lua, e suas tias – que estão em busca de seu outro olho para condená-lo à escuridão.

Onze anos depois, Kubo, mora numa caverna, no topo da montanha, sozinho com sua mãe, que necessita de cuidados especiais. O protagonista ganha a vida tocando cordas mágicas, capazes de criar origamis que se movimentam diante do público, com as fábulas contadas por ele.

Por um descuido, o pequeno sofre um ataque de suas tias – que usam máscaras assustadoras do teatro Nô – e acaba sendo obrigado a entrar numa aventura, para salvar sua vida e impedir as maldades do Rei Lua.

Ele passa pela clássica trajetória de um herói, aliada a elementos da cultura asiática. Sem muita pressa, a história é contada detalhadamente, possibilitando se aprofundar na personalidade e tensão de cada personagem.

O cuidado com quem amamos nos momentos em que a saúde falta, a bravura de uma mãe para proteger seu filho, a força da natureza, a perda de entes queridos no decorrer dos anos e as batalhas que enfrentamos diariamente, são fundamentais para mergulhar nessa história. É um filme que abriga sentimentos, e cada um vai identificar o que mais ascende de acordo com situações vividas.

Filmada em técnica stop-emotion, a animação possui um recurso visual de tirar o fôlego. É uma obra para ser apreciada por todas as idades, que deve se imortalizar no inconsciente de grande parte do público.

por Caroline Lima – especial para CFNotícias