Crítica: Little Boy – Além do Impossível


Cena de Little Boy - Além do Impossível

Segunda Guerra Mundial é um tema bastante recorrente no cinema. Sempre dramático e violento, esse assunto costuma impressionar as pessoas com várias histórias de superação. E “Little Boy – Além do Impossível” é mais um exemplo de um bom filme sobre um dos maiores conflitos do Século 20, mesmo sem mostrar muitas cenas de batalhas.

Mas então por que “Little Boy” é um bom filme sobre a Segunda Guerra Mundial ? Uma das razões é porque o longa explica o assunto, que é complexo, de maneira bem simples. Por mais que o tema seja adulto, a história traz uma perspectiva infantil interessante, permitindo o público criar uma empatia maior com o simpático Pepper (Jakob Salvati), de 8 anos.

Na trama, o protagonista é chamado de “Little Boy” (pequenino) por todos de sua cidade. Sem nenhum amigo, o garotinho vê em seu pai (Michael Rapaport) o principal parceiro para tudo. As coisas começam a mudar na vida do jovem rapaz quando o seu maior companheiro é convocado para a guerra.

A partir daí, Pepper procura o padre Oliver (Tom Wilkinson), que lhe entrega uma lista de tarefas para serem feitas enquanto seu pai não volta. O curioso é que uma das tarefas é se tornar amigo de Hashimoto (Cary-Hiroyuki Tagawa), um senhor japonês que é visto como grande inimigo só por causa da sua nacionalidade.

E as virtudes da produção não param por aí. A outra razão que faz de “Little Boy” um bom filme de guerra é a contextualização. Conforme a amizade entre Pepper e Hashimoto vai evoluindo, passamos a entender melhor as desavenças entre Estados Unidos e Japão naquele momento e os motivos do mundo estar vivendo um dos tempos mais violentos de todos os tempos.

Além disso, Alejandro Monteverde entrega uma direção segura, que equilibra bem os fatos relatados no filme, permitindo a inclusão de reviravoltas surpreendentes e evitando que a história não se torne um melodrama batido e sentimental demais.

Motivador, inspirador e otimista, “Little Boy – Além do Impossível” se destaca por trazer uma história interessante do início ao fim e por reforçar que a fé, não importa a religião, é uma arma poderosa e capaz de fazer até o impossível, inclusive mover montanhas.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias