Crítica: Logan


Chega aos cinemas a aguardada produção “Logan”. Sim, apenas Logan, sem subtítulo, sem chamada extra. Tão curto e grosso quanto o carcaju mal-humorado das histórias em quadrinhos.

Para quem está pensando, estou falando de, nada mais nada menos do que Wolverine. Ah, agora sim, o X-Men mais violento chega finalmente na telona com uma trama digna de sua fúria. Desta vez Logan (Hugh Jackman) solta suas garras em um banho de sangue e corpos espalhados por todo o filme (crianças fiquem em casa, agora a coisa ficou séria). Com classificação para 16 anos podemos ver o personagem em sua mais esperada forma.

A história se passa em 2029, quando os humanos travaram uma verdadeira caçada aos mutantes e poucos restaram (poucos mesmo). Logan e seu amigo e mentor professor Charles Xavier (Patrick Stewart) precisam ajudar uma pequena mutante especial, Laura ou arma X-23 (Dafne Keen) que corre perigo e é caçada pela gangue conhecida por “Carniceiros”. Mas um grande segredo promete mudar a vida de Wolverine e mandar muitos bandidos para a mesa do legista.

A trama foi baseada em um arco de histórias do mutante intitulado “Velho Logan” (Old Man Logan), que foi publicado entre 2008 e 2009 nas revistas do herói (ou anti-herói, afinal, ele nunca foi fã dos mocinhos). Claro que essa referência para no nome apenas, pois o roteiro não segue a mesma trama das HQ’s e há uma grande junção de histórias, citações e fatos de outras publicações do personagem.

Temos a presença de Hugh Jackman de volta ao papel de Wolverine. O ator tem interpretado o mutante nos últimos 17 anos e garantiu que seria a sua despedida (mesmo?). Nesse tempo todo, Jackman conseguiu algo que parecia impossível no mundo do cinema: dar vida a um personagem mal encarado, sujo, arrogante, sanguinário e sem modos e transformá-lo em um ícone mundial.

Mas não é só de violência que trata o filme, temos muito drama e emoção, pois Logan nos mostra um herói cansado, velho, com problemas com seu fator de cura e suas garras de adamantium. Seus pensamentos são tristes e sua busca por paz podem levá-lo para onde não deseja estar: no meio de um conflito brutal e cheio de mortes. Mas não é ele que busca a violência, ela é que vem bater à sua porta e ele só pode fazer uma coisa: revidar e massacrar.

Vá ao cinema, afie suas garras e prepare-se para chorar, pois é emoção pura, caso contrário você não é humano e nem mutante.

Por Clóvis Furlanetto – Editor (Snickt)