Crítica – Matrix: Resurrections


Chega aos cinemas a esperada continuação de “Matrix”, sucesso de 1999. Através do qual fomos apresentados à verdade por trás da vida que levamos: “Matrix Resurrections” traz a ressureição de emoções que estavam adormecidas há 22 anos.

As irmãs Wachowski são as responsáveis pela direção e roteiro de “Matrix” (1999), “Matrix Reloaded” (2003) e “Matrix Revolutions” (2003) e proporcionaram a uma geração ávida por inovações, um mundo repleto de expectativas, conflitos, dúvidas e a descoberta do vazio de uma vida programada.

Pode parecer drástico, mas “Matrix” revolucionou o mundo do cinema com efeitos especiais únicos e incríveis como o famoso “Bullet Time” – desvio de balas em câmera lenta realizado por Neo (Keanu Reaves). Nesta nova produção, apenas Lena Wachowski participou dos trabalhos, pois sua irmã não estava bem e decidiu não trabalhar no projeto.

Não só pela parte técnica a, até aqui, trilogia é reverenciada mundialmente, mas devido ao seu roteiro inteligente e intrigante. Na trama, conhecemos a ideia de que nossa vida é uma mentira que estamos todos presos em um programa de computador que serve aos novos mestres do planeta Terra: as máquinas com inteligência artificial que se alimentam da energia gerada pelas suas baterias humanas, encarcerada em corpo em celas ligadas a grande usinas de eletricidade que são captadas das ondas cerebrais humanas.

Nesta continuação, temos a oportunidade de saber o que ocorreu com os personagens principais: Neo (Keanu Reaves) Trinity (Carrie Anne-Moss) e Morpheus (Lawrence Fishburne, na trilogia original; Yahya Abdul – Mateen II, na nova produção). Claro que não falarei nada muito detalhadamente, pois tudo pode ser considerado spoiler e não quero estragar a sua experiência desta maravilhosa obra cinematográfica.

O que posso contar é que há situações em que você não irá acreditar no que é mostrado em tela, pois são coisas muito distantes de qualquer suposição que possamos ter criado nestes anos todos, o que é uma grata e bem-vinda surpresa.

Neo é o escolhido para libertar a raça humana da sua servidão para as máquinas e nos três filmes anteriores vimos suas façanhas, heroísmo e sacrifício para realizar sua jornada. Agora ele está de volta, mas não tem ideia do que ocorreu e quem realmente é. A dúvida central proposta pela narrativa é ele é louco ou a Matrix é real?

Caso você não tenha visto os filmes da trilogia original, não ficará perdido com este novo capítulo, mas fica a dica para assistir (antes ou depois), a fim de entender várias citações e cenas de lembranças.

Agora cabe a você escolher a pílula vermelha e descobrir a verdade sobre o filme mais intrigante dos últimos tempos ou a pílula azul e ficar em casa no vazio do esquecimento. Só não deixe de se proteger neste tempo de pandemia.

por Clóvis Furlanetto – Editor na Matrix

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.