Crítica: “Missão: Impossível – Efeito Fallout”


Ao longo dos anos, descobrimos que para um filme da série “Missão Impossível” ser bom é preciso ter ação de tirar o fôlego, uma trama de espionagem interessante, humor, um elenco talentoso e Tom Cruise bancando o louco com acrobacias mirabolantes. E os fãs podem ficar tranquilos, pois o sexto capítulo da saga, “Missão: Impossível – Efeito Fallout” (Mission: Impossible – Fallout) tem tudo isso.

Não faltam piadas inteligentes, ótimos personagens e, acima de tudo, cenas audaciosas. Talvez elas não causem o mesmo impacto das sequências do antecessor, “Nação Secreta” (realmente é difícil competir com o momento em que Ethan Hunt se pendura sozinho num avião em movimento), mas conseguem deixar o espectador inquieto na poltrona e empolgado.

Com isso, este novo longa confirma que a franquia baseada na série homônima de TV da década de 1960 tem ainda muito a oferecer e, principalmente, divertir. Que bom!

E a prova aparece logo nas primeiras cenas, em que Ethan Hunt (Cruise) embarca ao lado de Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames) numa missão que acaba dando errado e gera graves consequências no mundo. Tensos com a situação, os membros do time da IMF unem forças com o agente August Walker (Henry Cavill) e tentam impedir uma catástrofe nuclear. Enquanto isso, surge Ilsa Faust (Rebecca Ferguson) que deseja acertar algumas contas com o ex-chefe do Sindicato, Solomon Lane (Sean Harris), e o MI6.

A partir daí, é pura adrenalina com sequências de ação grandiosas. Um exemplo é o duelo de helicópteros entre protagonista e vilão já na parte final do filme. Sem dúvida, essa sequência vale toda a atenção do mundo, afinal de contas, é tensa e emocionante ao mesmo tempo! Além disso, não podemos nos esquecer das máscaras, outra marca registrada da série. Elas mais uma vez roubam a cena.

Outro ponto positivo do longa é a presença de um elenco de peso. Enquanto Cruise, Pegg e Rhames mostram um bom entrosamento, Rebecca Ferguson mais uma vez esbanja carisma e beleza durante a jornada da espiã inglesa. E mais: Henry Cavill (Liga da Justiça) e Vanessa Kirby (The Crown) também merecem elogios.

Infelizmente, não dá para dizer muita coisa sobre o personagem do intérprete do Superman, mas sem dúvida ele chama a atenção com suas lutas coreografadas e frases de feito. Já a atriz que vive irmã da Rainha Elisabeth na atração da Netflix, se destaca por sua audácia e jogo de cintura ao lidar com espiões interesseiros.

Para quem ama thrillers de ação em geral, “Missão: Impossível – Efeito Fallout” se apresenta como um dos melhores do ano até o momento. Para quem ama a saga de Ethan Hunt especificamente, saiba que o sexto capítulo não é o melhor da série como um todo, já que não supera “Nação Secreta” e o primogênito, lançado em 1996. No entanto, o novo longa de Christopher McQuarrie é muito bem-vindo, pois mantém a tradição da franquia com momentos de tirar o fôlego.

Uma coisa é certa: aqui há uma ótima história de espionagem misturada com as loucuras de Tom Cruise (ele até se machucou gravemente durante as filmagens) que vamos lembrar por décadas.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias