Crítica: Mulher-Maravilha


Finalmente chegou a hora de ver a maior heroína de todos os tempos no cinema. Sim, Gal Gadot conseguiu! Com carisma, beleza e valentia, a atriz se mostra a Mulher-Maravilha perfeita para os dias atuais e definitivamente dá um soco na cara daqueles que desconfiavam em seu potencial de encarnar a personagem. E mais: prova que a DC Comics também é poderosa na telona.

E é para os fãs comemorarem mesmo, afinal de contas, a desconfiança por trás do filme da princesa amazona e do novo universo cinematográfico que a concorrente da Marvel criou era enorme, principalmente depois dos polêmicos “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” e “Esquadrão Suicida”. O fato é que não há razão para ficar desconfiado. O famoso DCEU (DC Extended Universe) tem futuro e tem tudo para ser empolgante daqui para frente.

Muito porque “Mulher-Maravilha” acerta o tom, cativa do início ao fim e é comovente na hora de contar a trajetória da heroína que amamos até hoje. Na trama, vemos o processo de amadurecimento da protagonista, desde os primeiros treinamentos até o momento em que assume o seu dever de proteger a humanidade do terror do deus Ares e também da Primeira Guerra Mundial.

E o conflito histórico é muito bem retratado. Aliás, ele é um dos pontos mais fortes do longa. A diretora Patty Jenkins (Monster) é bem realista na contextualização da época, tanto que é possível sentir o desespero dos soldados dentro das trincheiras, a tensão do povo ao andar nas ruas e o drama dos personagens ao verem pessoas inocentes morrendo durante as batalhas.

Antes disso, Diana é apresentada ainda criança, vivendo em Themyscira. Mesmo sendo superprotegida pela mãe, a Rainha Hipólita (Connie Nielsen), a jovem começa a treinar com a tia, Antíope (Robin Wright), para se tornar uma guerreira. Tudo muda quando ela salva a vida de Steve Trevor (Chris Pine), um espião que está fugindo das tropas inimigas da guerra. A partir daí, a protagonista embarca com o rapaz para uma missão que pode salvar a humanidade, mas os fãs mais ferrenhos da personagem vão notar.

Mesmo com tantas virtudes, o filme não escapa de alguns deslizes. Infelizmente, a construção do vilão Ares fica um pouco vaga, o que deixa algumas dúvidas importantes na cabeça do espectador. Nada que comprometa a diversão.

Para quem ama história em quadrinhos e super-heróis (não importa se da Marvel ou da DC Comics), “Mulher-Maravilha” não é só o melhor blockbuster do ano até aqui; é garantia de sucesso por muito tempo, assim como “Superman (1978)”, “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, “Os Vingadores” e tantos outros.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias