Crítica: O Bom Gigante Amigo


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“Os clássicos nunca morrem” é com esta frase que inicio minha crítica da semana. “O Bom Gigante Amigo” entra em cartaz hoje com a promessa de resgatar algo há muito perdido no cinema: a inocência.

Para situar o leitor, é mais do que importante informar que o longa é baseado em um livro do autor Roald Dahl publicado em 1982, que já escreveu entre outras obras: “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, “James e o Pêssego Gigante” e “Matilda”, ou seja, não tinha como dar errado.

A história possui uma trama simples, singela e envolvente. Somos levados a uma Londres não muito distante no tempo. Onde uma pequena órfã Sofia é levada involuntariamente pelo gigante BGA para a longínqua Terra dos Gigantes, pois os humanos não podem saber a verdade sobre este lugar e a menina seria uma ameaça se contasse para alguém.

Do alto de seus 7 metros, o BGA é um “anão” em relação aos seus compatriotas gigantes que o humilham e caçoam de sua baixa estatura. Ao contrário de sua raça ele vive em uma casa simples, mas aconchegante e não come nenhum tipo de ser vivo (incluindo humanos) contenta-se com um legume “chuchubobrinha”, que pela expressão no rosto do nosso grande amigo deve ser a pior coisa do mundo para se comer.

Sofia descobre que “O Bom Gigante Amigo” tem um trabalho muito importante. Ele captura sonhos em uma terra mágica e leva os melhores para as pessoas que moram na cidade de Londres. Mas infelizmente os grandões não ficam satisfeitos em atormentar o pequeno BGA, procuram destruir o que ele construiu e começam a ameaçar o mundo dos humanos. Neste ponto, Sofia diz a seu amigo que devem procurar ajuda, vão até a rainha Vitória e a convencem que o perigo é real. Aí a trama toma um novo rumo e os dois amigos precisam aliar coragem e confiança para não perderem a batalha.

Como disse no início deste texto, o filme resgatou a inocência perdida ou esquecida em algumas produções. Eu fico muito triste quando percebo que o mundo tido como real está tirando a magia do coração das pessoas, mas minha fé é restaurada quando produções maravilhosas e tipicamente puras nos mostram que ainda há esperança de alcançarmos a felicidade.

Vá ao cinema de coração aberto e saia com alma de criança.

Clóvis Furlanetto – editor