Crítica: “O Chamado do Mal”


Apesar de contar com uma abordagem diferenciada sobre alguns temas “O Chamado do Mal” (Malicious), escrito e dirigido por Michael Winnick, acaba recaindo em alguns clichês e não desenvolve adequadamente o seu roteiro.

A trama conta a história de Adam (Josh Stewart), um professor universitário de matemática e Lisa (Bojana Novakovic) sua esposa grávida, que se mudam de uma cidade grande para outra bem menor e longe de tudo, graças ao novo emprego de Adam na universidade local. Ao chegar à nova casa recebem um presente de boas vindas de Becky (Melissa Bolöna), irmã caçula de Lisa, e com isso liberam uma terrível entidade.

No início, o longa parece caminhar por um trajeto com originalidade e roteiro cuidadoso, mas infelizmente essa impressão não dura muito. Apesar de conceitos interessantes, como a tal “caixa da fertilidade” de outra cultura, uma entidade que não está ligada a uma casa mal-assombrada e a inicial dúvida sobre a sanidade dos personagens, nenhum desses conceitos é trabalhado bem e a trama é recheada, infelizmente, de pontos que não fazem sentido e resoluções confusas.

Falta à produção um roteiro bem amarrado e crível, mesmo se tratando de um título de terror. Uma sonoplastia que não caia no previsível também é importante: ao longo da narrativa, os telespectadores já sabem, de acordo com o som, onde acontecerá cada scare jump (os chamados “sustos fáceis”), e isso causa grande frustração na no público.

Ao tratar de um conceito inicial atrativo, também teria feito bem ao longa uma direção de arte mais diferenciada para que “O Chamado do Mal” não se tornasse só mais uma experiência visual tão semelhante a tantas outras do gênero.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias