Crítica: O Prisioneiro


Trazer uma boa história para as telonas (atualmente, às telinhas, devido à pandemia de Covid-19 que impede o funcionamento dos cinemas) tem se tornado o objetivo dos cineastas de todo o mundo e, o diretor Paul Kampf não poupou esforços em “O Prisioneiro” (Imprisoned). O longa se passa como um thriller sombrio, no qual o protagonista Daniel (Laurence Fishburne) surge com sede de vingança contra Dylan (Juan Pablo Raba), após a saída deste da prisão.

O filme é marcado por sua impressão realista, um misto de drama e suspense capaz de segurar a atenção de quem não curte o gênero. Paul Kampf, além de diretor do longa-metragem, também roteirizou a história, de modo que a idealização do projeto foi um ponto muito importante para o seu resultado, surpreendente.

Dylan, vivido por Juan Pablo Raba, se mostra de maneira sutil um dos mais difíceis da carreira do ator, pois o personagem vive uma história marcada por crimes cometidos em seu passado e, apesar de tudo, almeja deixar isso para trás a fim de viver um amor com Maria (Juana Acosta) – o que parece não ser uma tarefa fácil, afinal, seus erros parecem gritar a todo momento, não o deixando em paz.

Laurence Fishburne definitivamente carrega a trama nas costas: o ator incorporou com toda verdade necessária o papel de justiceiro vingativo, o que foi perceptível desde o início. No decorrer do longa já não se sabe mais se o espectador deve gostar ou odiar Daniel, a dúvida agrega ao personagem que foi muito bem composto.

A atriz Juana Acosta foi a peça chave para o filme, a dinâmica dos três atores principais soa real e orgânica, o que rende tanto o clima de suspense quanto os dramas durante a exibição.

O cenário e os efeitos especiais são dignos de muitos elogios, sem contar que a partir deles, surtiu um clímax genial para o filme. A produção soube realizar bem a marcação dos atores em cada cena, fazendo com que o clima de realismo se mantivesse intacto até o fim.

Sem dúvidas, a direção de Kampf obteve êxito em sua produção. “O Prisioneiro” chega ao Cinema Virtual trazendo um caso surpreendente e cheio de traços reais consigo. Vale a pena conferir e se perder em mais de 1h30 de dramas e suspenses.

por Pompeu Filho – especial para CFNotícias

*Título assistido via streaming, a convite da Elite Filmes.