Crítica: O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos


A história do Quebra-Nozes é um clássico, principalmente para quem gosta de música e balé. Sabendo disso, os estúdios Disney, que já têm outros clássicos em sua galeria, lança sua versão para a história, com “O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos”, um filme que deve agradar seu público alvo de maneira geral.

Isso porque ele traz boas referências ao balé original de Tchaikovsky, criado no século 19, na Rússia. Logo nas primeiras cenas, já dá para reconhecer as notas e a melodia que comanda o espetáculo, além das belas danças realizadas ao longo da jornada dos personagens.

Na história, Clara (Mackenzie Foy) é uma menina independente e esperta que tenta superar a morte da mãe. Depois de ganhar um presente misterioso que está trancado, a jovem vai atrás de seu padrinho (Morgan Freeman) durante a festa de Natal para descobrir onde está a chave para abrir o seu objeto.

No meio do caminho, ela se depara em um reino estranho e mágico, onde precisa descobrir mais sobre sua amada mãe e si mesma. É aí que o filme começa a escorregar nos clichês e na previsibilidade. Mesmo quem não tem profundo conhecimento da história do Quebra-Nozes, já consegue adivinhar o que vai ocorrer no final, o que é ruim, pois deixa a trama menos interessante.

Para compensar, o elenco é bom. Enquanto Mackenzie Foy dá conta na hora de transmitir os sentimentos de Clara, os coadjuvantes formados por nada mais nada menos do que Helen Mirren (Mother Ginger) e Keira Knightley (Sugar Plum) também se destacam. Freeman, apesar de ter uma participação pequena também chama a atenção ao passar bondade e experiência para a protagonista.

Sem sombra de dúvidas, “O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos” é um filme que pode soar repetitivo, mas possui todos os ingredientes para se tornar referência entre crianças e adultos. Por mais que os clichês estejam ao longo das cenas, ainda é bonito ver nos dias de hoje a mensagem de união e tolerância que Tchaikovsky deu com a sua criação.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias