Crítica: “Ouija – Origem do Mal”


É muito provável que você já tenha escutado falar na brincadeira do compasso (ou sua versão com um copo). Nela, é feita uma pergunta e misteriosamente forças superiores dão a resposta. Essa ação contextualiza com lendas urbanas antigas, que explicam que essa prática é um envolvimento com o ocultismo, e que se usado de forma irresponsável, forças do mal são libertas.

“Ouija” – Origem do Mal (Ouija: Origin of Evil), leva ao cinema brincadeiras amadoras feitas em casa para libertar tais forças macabras, só que um pouco mais elaboradas, pois são feitas com a utilização de um tabuleiro, que não responde apenas sim ou não, mas traz consigo uma série de informações captadas pelo pensamento.

Dirigido por Mike Flanagane e coescrito em parceria com Jeff Howard, o longa norte-americano do gênero terror da Universal Pictures, conta com um elenco completamente diferente do primeiro título da franquia, “Ouija – O Jogo dos Espíritos”, lançado em 2014.

Henry Thomas interpretando o Padre Tom, que no decorrer do longa, deixa em dúvida sua santidade; Elizabeth Reaser é Alice, uma mãe viúva que tira seu sustento fazendo trapaças na atuação como vidente; Annalise Basso dá vida à  Paulina, a filha adolescente; e Lulu Wilson mostra segurança e tranquilidade como Doris, garota esquisita que é possuída por forças sobrenaturais.

Foi utilizada a famosa fórmula dos filmes de terror da atualidade: uma criança estranha, um espírito maligno e uma casa assustadora com um velho porão. A obra é convencional, então não espere grandes sustos – eles acontecem, mas todos são claramente esperados.

O único detalhe que de fato o difere de outros títulos o gênero, é o apoio da mãe ao dom da filha, de falar com pessoas mortas – o que cá entre nós, não é nada comum.

Engana-se quem vai ao cinema esperando uma continuação do antecessor da produção. Houve mudanças drásticas e significativas não só no elenco, mas também na história. O elemento que persegue a franquia é a casa, que possui um histórico nada agradável. Foi uma bela tentativa, com efeitos especiais e maquiagens bem feitas, mas que não despertam o medo de ficar em casa sozinho após a sessão.

por Caroline Lima – especial para a CFNotícias