Crítica: Power Rangers


“Go go Power Rangers”. Quem não se lembra dessa frase? Sim, o grupo de heróis da Alameda dos Anjos está de volta ao cinema. E que retorno divertido, legal e nostálgico. Quem temia que o longa dirigido por Dean Israelite (Projeto Almanaque) fosse ser um pastelão cafona, pode ficar tranquilo pois o longa funciona bem.

Tudo porque há um tom mais maduro para a jornada de Jason (Dacre Montgomery), Kimberly (Naomi Scott), Billy (RJ Cyler), Zack (Ludi Lin) e Trini (Becky G.). Isso é possível ver na própria personalidade dos personagens. Mesmo eles sendo rebeldes, é notável a tentativa de cada um em amadurecer e aprender a trabalhar em equipe.

Além disso, a trama justifica de maneira inteligente alguns elementos que simplesmente eram jogados na série original e deixavam o espectador com muitas dúvidas, como a causa das lutas sempre ocorrem em uma pedreira. Outro ponto interessante é que a vilã Rita Repulsa (Elizabeth Banks) ganha um contexto mais completo em relação ao seriado.

Aliás, Banks é o maior acerto do filme. Com um visual nada caricato, a atriz de “A Escolha Perfeita” e “Jogos Vorazes” toma conta de tudo quanto aparece. Seu traje é intrigante e sua interpretação é segura o suficiente para entendermos e aceitarmos quais são as motivações da antagonista.

Neste novo longa, cinco jovens acabam encontrando moedas misteriosas que os transformam um super-heróis. Sem entender direito a situação, Jason e companhia conhecem Zordon (Bryan Cranston) e seu assistente Alpha 5 (Bill Hader), que falam mais sobre a importância de ser um Power Rangers. Enquanto tentam dominar seus novos poderes, os adolescentes precisam salvar o planeta das garras de Rita Repulsa, que tenta fazer de tudo para destruir quem aparece no seu caminho.

Mesmo com várias mudanças (todas benéficas, diga-se de passagem), a essência da obra original é mantida, ou seja, há momentos que podem soar como tosco para algumas pessoas, como as cenas de luta. Mais uma vez vemos golpes bizarros durante os confrontos entre os heróis e os adversários.

De qualquer forma, o novo “Power Rangers” é honesto com a sua proposta. O longa não quer ser revolucionário e nem almeja competir com outros concorrentes, como “Os Vingadores”, “Liga da Justiça”, entre outros. Ele quer apenas divertir e proporcionar um bom entretenimento. Isso o filme faz muito bem, então corra para o cinema porque já é hora de morfar!

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias