Crítica: “Quatro Vidas de Um Cachorro”


Está em cartaz a nova produção da Amblin Entertainment e distribuída pela Universal Pictures: “Quatro Vidas de Um Cachorro” (A Dog’s Purpose), que promete (e cumpre) levar o público às lágrimas nas salas de cinemas de todo o país.

A história é inspirada no livro homônimo do autor W. Bruce Cameron e conta a história de Bailey, um lindo e inteligente cachorro que tenta descobrir o sentido de sua existência em suas voltas para à Terra quando seu tempo vida termina.

Com uma trama emocionante e cativante somos transportados pelas mais diversas situações: algumas absolutamente lindas envolvendo a participação de cachorros, outras horríveis causadas essencialmente pela maldade humana (como sempre). A adaptação do roteiro mudou certas situações que existem no livro, mas neste caso são bem vindas essas alterações, pois na obra literária a trajetória do pequeno herói é muito pior.

Na direção temos Lasse Hallström, de “Sempre ao Seu Lado” que sabe o que está fazendo ao nos conduzir ao ponto de vista do cachorro e não das pessoas envolvidas. Assim podemos ter a percepção inocente deste menino de quatro patas tentando entender o comportamento dos seres “racionais” humanos, mas nem todos são ruins, Ethan – o tutor de Bailey – cresceu com ele e passou bons e maus momentos com ternura e amor.

Entre suas outras vidas, o protagonista volta como Ellie, uma fêmea de Pastor Alemão da unidade policial da cidade de Chicago; Tino, um Corgi que vive momentos maravilhosos até a velhice com sua tutora Maya e o gigante Buddy, um São Bernardo que terá um papel decisivo na vida das pessoas que amam o peludo.

Acredito que a intenção do autor do livro e do diretor do filme é acabar com nossos corações em lágrimas. É uma montanha-russa de emoções, boas e ruins, que nos levam a pensar como alguém pode maltratar uma criatura tão meiga e amorosa. Bailey representa todos os cães e demais animais que nos amam incondicionalmente e que querem apenas estar em nossa companhia e brincar, amar, brincar e brincar.

Este filme deve ser visto principalmente pelas pessoas que têm ou já tiveram animais de coração (nunca os chame de estimação). Para aqueles que não entendem o laço que une cães e humanos é uma ótima oportunidade de talvez começar a compreender essa relação de amizade e amor sem fronteira.

Compre uma caixa grande de lenços de papel e vá ao cinema viver essa inesquecível experiência. Eu vivi e recomendo.

por Clóvis Furlanetto – Editor