Crítica: Star Trek – Sem Fronteiras


Imagem de Star Trek - Sem Fronteiras

Para quem é Trekker, 2016 é um ano especial, afinal de contas, Star Trek completa 50 anos de idade. Aconteceu em 8 de setembro de 1966 a exibição do primeiro episódio da série clássica, estrelada por William Shatner (Capitão Kirk) e Leonard Nimoy (Spock). E para comemorar esse feito, nada mais justo do que a chegada de um novo filme, ou melhor, um ótimo filme.

“Star Trek: Sem Fronteiras” é um presentão para os fãs, principalmente por ser uma linda homenagem ao cânone criado por Genne Roddenberry. Fã incondicional da série, o diretor Justin Lin, juntamente com Simon Pegg (Scotty), que escreveu o roteiro, pega os principais elementos da franquia e os despejam em uma história emocionante.

Emocionante porque não esquece o ótimo trabalho deixado por Leonard Nimoy e Anton Yelchin (Tchecov), falecidos em 2015 e em junho desse ano, respectivamente. A verdade é que ambos contribuíram, e muito, na hora de manter viva a essência do seriado original e isso está bem claro no longa.

Além disso, o filme adiciona novos personagens que, mesmo não estando nos episódios clássicos, captam o verdadeiro simbolismo da criação de Roddenberry. Neste caso, vale destacar Jaylah (Sofia Boutella) e o vilão Krall (Idris Elba). Enquanto a jovem se mostra capaz de fazer parte desse universo com sua inteligência, o antagonista se transforma em um oponente poderoso para Jim Kirk (Chris Pine) e companhia com sua força e capacidade de criar estratégias.

Na história, a tripulação se encontra no terceiro ano da missão de exploração do espaço. Após receberem um grito de socorro, Kirk e seus amigos acabam entrando no caminho do maléfico Krall, um sujeito anti-Frota Estelar que está interessado em um objeto de posse do líder da Enterprise. O fato é que a nave é atacada e o grupo acaba se dividindo, o que deixa todos em perigo.

Mesmo com as atenções voltadas para os dilemas do famoso capitão, os outros personagens roubam a cena, principalmente Spock (Zachary Quinto) e McCoy (Karl Urban). Sem dúvida, os dois são donos dos diálogos mais engraçados do filme. Um deles é quando o médico tenta explicar a situação atual do relacionamento amoroso entre o Vulcano e a tenente Uhura (Zoe Zaldana).

Antes de encerrar, quero frisar que J.J. Abrams (Star Wars: O Despertar da Força) fez um ótimo trabalho quando ressuscitou a franquia no cinema, lá em 2009. No entanto, é Justin Lin quem traz à tona o verdadeiro significado da série, permitindo “Star Trek: Sem Fronteiras” ser empolgante e um dos melhores filmes. E o mais importante: esse longa é a prova que a franquia ainda tem uma vida longa e próspera pela frente.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias