Crítica: Sully – O Herói do Rio Hudson


Cena de Sully: O Herói do Rio Hudson

O sujeito que consegue pousar um avião com mais de 150 passageiros no meio de um dos maiores rios dos Estados Unidos e fazer com que todos saiam vivos, com certeza merece ter a vida contada em um filme. É justamente isso que acontece em “Sully: O Herói do Rio Hudson”.

Dirigido por Clint Eastwood (Invictus) e estrelado por Tom Hanks (Ponte dos Espiões), o longa é uma bela homenagem ao personagem central (capitão Chesley Sully Sullenberg) que, além de salvar vidas, teve que encarar uma pressão muito forte na hora de justificar o motivo do pouso na água, sendo que o risco era ainda maior.

O filme começa com um avião caindo durante um sonho do protagonista. Em seguida, ele já começa a ser questionado pelos superiores, que alegam que o piloto foi imprudente em sua manobra. O fato é que a escolha de começar a história assim foi inteligente, pois prende a atenção e evidencia o tamanho da tragédia que poderia acontecer caso algo desse errado.

Dessa forma, expondo vários flashbacks aos poucos, a trama caminha bem e interessante até o final. Destaque, claro, para Hanks e também Aaron Eckhart (Sem Reservas), o copiloto Jeff Skiles. Ambos vivem seu melhor momento durante o terceiro ato, quando se defendem das acusações dos superiores de maneira direta e precisa.

Mesmo com essas qualidades, talvez falte uma consistência maior em algumas partes da histórias. Apesar de citar os problemas financeiros de Sully (ele e a esposa precisam de dinheiro para pagar dívidas), havia espaço para explorar mais os riscos que o experiente piloto corria se fosse suspenso pela companhia aérea.

“Sully: O Herói do Rio Hudson” pode ser previsível e com alguns clichês, mas é elegante ao exaltar o feito ocorrido em 2009. Além disso, ele prova que na vida real podemos ter um herói e, neste caso, ele tem nome e sobrenome: Chesley Sully Sullenberg.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias