Crítica: Tinha Que Ser Ele?


Apesar de ter um elenco com bons nomes, “Tinha Que Ser Ele?” não consegue escapar do rótulo “mais do mesmo”, ou seja, é uma comédia padrão sobre um genro que tenta conquistar a família da noiva. Sim, essa história já foi vista várias vezes, como em “A Família da Noiva”, “Tirando o Atraso”, “O Pai da Noiva”, a trilogia de “Entrando Numa Fria”, entre outros.

No longa, o espectador se depara com uma trama previsível, cheia de clichês, como as cenas em que o protagonista vive momentos constrangedores na frente do sogro. Claro que o diretor John Hamburg (Eu Te Amo, Cara) traz passagens engraçadas, mas são poucas, o que é ruim já que estamos falando de um filme que precisa ser cômico.

Infelizmente, grande parte das cenas são completamente exageradas, tanto que sobram palavrões e faltam piadas inteligentes. Isso já perceptível logo no início, quando Stephanie Fleming (Zoey Deutch) conversa com seu pai pelo notebook e percebe que seu novo namorado, que ainda não foi apresentado para a família, está logo atrás dançando pelado.

Na história, Ned (Bryan Cranston) é dono de uma gráfica que está passando por dificuldades. O fato é que ele é bastante apegado a sua filha mais velha, que está morando em outra cidade por causa da faculdade. Tudo começa a mudar na vida do executivo quando descobre sem querer que sua princesinha está namorado Laird Mayhew (James Franco), um sujeito excêntrico, sem limites, que ficou rico por causa da internet.

Na tentativa de conhecer melhor o rapaz, Ned leva a família inteira para visitar Stephanie durante o feriado de Natal. No entanto, o que parecia ser uma simples celebração, acaba virando um caos para os Flemings, já que os costumes do novo integrante da família são nem um pouco convencionais.

Para não dizer que “Tinha Que Ser Ele?” somente deixa a desejar, ele possui pequenas passagens interessantes, como a que envolve o grupo de rock Kiss. Não posso entrar em detalhes, mas consigo afirmar que os integrantes Paul Stanley e Gene Simmons trazem boas tiradas para o espectador. Pena que as virtudes param por aí.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias