Crítica: Um Pequeno Favor


Apesar de classificado em alguns lugares como filme de suspense ou policial, o longa dirigido por Paul Feig se revela ser mais do que isso e, assim como seus outros filmes (A Espiã que sabia de menos, Missão Madrinha de Casamento), “Um Pequeno Favor” (A Simple Favor) se trata majoritariamente de uma comédia, com muito suspense de fato além de flertes com thriller e noir.

Baseado no livro de mesmo nome de Darcey Bell, o longa entrega uma trama recheada de sensualidade e muitas reviravoltas. No entanto o que mais se sobressai é, sem dúvida, a dupla principal: Blake Lively como a misteriosa e sedutora Emily Nelson e Anna Kendrick, como a tímida e contida dona de casa Stephanie Smothers. Na trama as duas se conhecem e se tornam amigas devido ao fato de seus filhos estudarem na mesma escola.

Ver as duas em cena é maravilhoso, pois apesar de personagens totalmente destoantes, as atrizes conseguem construir um ótimo entrosamento em cena, que convence o telespectador da amizade inusitada entre uma mulher bem sucedida, deslumbrante, sem papas na língua, e mãe de capacidade duvidosa – que é Emily, e a mãe dedicada, contida, dona de um vlog do YouTube e de um péssimo hábito de sempre pedir desculpas – que é Stephanie.

O filme tem como mote o pequeno favor que Emily pede à Stephanie de ir buscar seu filho na escola devido a problemas no trabalho. Após o desaparecimento de Emily, que nunca voltou para buscar a criança, Stephanie decide investigar o paradeiro da amiga e se depara com diversos – e perigosos – segredos.

A produção então segue de um suspense tenso para uma série de reviravoltas recheadas de comédia – um pouco pastelão, diga-se de passagem, mas sempre recheadas de muito charme e belas roupas.

Com interpretações marcantes, um visual belíssimo e muito bom humor é uma ótima opção para quem gosta de títulos que passeiam por diversos estilos sem nunca descer do salto.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias