Crítica: Viúva Negra


Desde que fez a sua estreia no MCU (Marvel Cinematic Universe), em “Homem de Ferro 2”, Scarlett Johansson sempre chamou o protagonismo para si ao interpretar a espiã Natasha Romanoff ou Viúva Negra. Maravilhosa e carismática, a atriz conseguiu com que o grande público se apaixonasse e se identificasse com a jornada de sua personagem.

Até por isso, o desejo de ver um filme solo da ruiva só cresceu entre os fãs. Que bom que esse dia chegou! Mesmo com atraso (pandemia e erros de estratégia do estúdio), é ótimo poder ver a famosa Black Widow na telona, ainda mais sabendo do sacrifício que ela fez em “Vingadores: Ultimato”.

E a espera valeu a pena? De certa forma, sim. Estamos falando de um longa divertido, com uma trama de espionagem interessante, que aponta caminhos intrigantes da próxima fase da Marvel no cinema e no streaming. Baseado nisso, é importante prestar bem atenção na cena pós-crédito, em que… deixa para lá!

Não falarei muito da trama, pois não quero correr o risco de dar spoilers. O que posso dizer é que é importante você estar por dentro de todo o MCU, principalmente dos filmes em que Romanoff tem grande destaque, como “Os Vingadores”, “Vingadores: Era de Ultron” e “Capitão América: Guerra Civil”.

Agora, a produção  é uma despedida triunfante de Johansson e da espiã dos quadrinhos? Aí acho que não. Confesso que ambas mereciam algo bem mais épico. Tudo porque o longa não traz grandes revelações, não possui grandes novidades e tem um desfecho até que previsível. Para se ter ideia, a cena em que a Vingadora e o Gavião Arqueiro vão atrás da Joia da Alma, em “Ultimato”, é bem mais emocionante e inesquecível que esse novo longa inteiro.

A verdade é uma só: “Viúva Negra” deveria ter sido feito anos atrás. Para mim, se a personagem tivesse tido sua própria aventura entre os lançamentos de “Os Vingadores e Vingadores: Era de Ultron”, ou seja, entre 2012 e 2015, a agente poderia ter ganho ainda mais destaque no MCU e na cultura pop como um todo, já que se transformaria em uma das primeiras heroínas de HQs a protagonizar um filme solo.

Uma pena que isso não aconteceu! De qualquer forma, “Viúva Negra” é sólido, consistente e que merece respeito. Se compararmos com o título solo da Capitã Marvel, outra personagem importante da Casa das Ideias, a ruiva ganha disparado da loira.

No entanto, a espiã não passa perto do Top 5 dos melhores filmes da Marvel, algo que merecia bastante, afinal de contas, é uma personagem moderna, durona, carismática e linda.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias