Crítica: Star Wars – O Despertar da Força


Star Wars: The Force Awakens..Ph: Film Frame..? 2014 Lucasfilm Ltd. & TM. All Right Reserved.
Star Wars: The Force Awakens..Ph: Film Frame..? 2014 Lucasfilm Ltd. & TM. All Right Reserved.

Chega aos cinemas de todo o Brasil a aguardada continuação da Saga Star Wars. Com o subtítulo de “O Despertar da Força” a produção retoma a ação da guerra travada entre luz e trevas pelo controle da galáxia 30 anos após os eventos exibidos no episódio VI “O Retorno de Jedi” lançado em 1983 e traz de volta personagens clássicos: Han Solo, Princesa Leia, Luke Skywalker, Chewbacca, R2D2 e C3PO.

Antes de continuar preciso deixar uma coisa bem clara: sou jornalista e fã de ficção científica, assisti a todos os filmes da saga, conheço bem as tramas então minha bagagem permite que eu possa ser o mais sincero possível com meus leitores sobre o novo filme.

Bom, não há como amenizar, então lá vai: eu fiquei decepcionado, esperava bem mais. Os trailers apresentados me mostraram outra história densa e com um roteiro bem mais estruturado, mas o vilão foi fraco (perto de Darth Vader e o Imperador Palpatine, o novo sith Kylo Ren deixa muito a desejar). J.J. Abrams que é um ótimo diretor e revitalizou outra grande franquia da ficção mundial, na minha opinião, falhou com a sua intenção de tentar fazer uma transição entre o velho e o novo (caso tenha sido sua intenção), claro que ainda teremos os episódios VIII e IX e o que disse anteriormente poderá cair por terra, mas no momento esta é minha opinião neste aspecto da produção.

Mas há pontos positivos que valem a pena: a volta dos personagens clássicos é um deles. Ver o capitão Solo novamente na ponte da Millennium Falcon é indescritível, fora rever os dois androides mais queridos do cinema e a nova versão robótica BB8. Abrams pode ter falhado no roteiro, mas acertou em cheio no visual do filme. Temos a nítida sensação de ver os clássicos da saga, mas com um toque de tecnologia. Não foi cometido o mesmo erro dos filmes I, II e III onde os recursos eram muito mais avançados do que nos episódios posteriores. O cuidado com estes detalhes transformam “Star Wars: O Despertar da Força” em uma continuação adequada, mas não épica como eu pretendia escrever antes de ver a exibição.

O 3D não é dos melhores e são poucas as cenas que impactam com este recurso. Os novos personagens que são introduzidos na mitologia também conquistam seu espaço neste vasto universo (menos o vilão).

A produção com certeza será vista por milhares de pessoas, terá um sucesso de bilheteria que já era esperado, mas dividirá as opiniões. O que senti é que foi feito para uma nova geração de fãs, não para depreciar os antigos, mas para situar os mais jovens no universo e fazê-los se sentirem parte da aventura dentro de um contexto mais atual.

Vá ao cinema e veja por si mesmo se a Força despertará em você ou continuará adormecida até 2017.

Por Clóvis Furlanetto – editor CFNotícias