Crítica: Boneco do Mal


Lauren Cohan em cena de O Boneco do Mal

O que um filme de terror precisa ter para ser considerado bom? Um vilão interessante? Cenas que assustam o público? Uma casa antiga com uma história sinistra? Se pensar por esse lado, “Boneco do Mal” é um bom filme de terror, pois possui os pontos citados acima.

Mesmo estando longe de revolucionar o gênero e não trazendo nada de novo, o longa estrelado por Lauren Cohan (The Walking Dead) possui bons momentos e uma trama interessante, sustentada por boas doses de mistérios.

Nela, acompanhamos Greta Evans (Cohan), uma americana que se muda para uma cidadezinha da Inglaterra para cuidar de um garoto de oito anos, filho de pais ricos. Ao chegar no local, ela descobre que o tal do garoto é apenas um boneco de porcelana, chamado Brahms, que é tratado pelos Heelshire como um menino de verdade.

Chocada com a situação, a moça não atende os pedidos da patroa e ignora os cuidados que o “garoto” precisa ter, deixando o seu novo emprego ainda mais assustador e imprevisível.

Ao longo dos seus aproximados 97 minutos, o filme consegue nos transportar para um clima tenso que ganha força com o desenvolvimento da trama. Nesse ponto, vale destacar a evolução do personagem de Brahms na história, que, com um visual ameaçador, consegue intimidar os personagens (o público também!) com o seu olhar amedrontador.

Um dos maiores deslizes do longa fica por conta do desfecho da trama. Infelizmente, ela traz alguns clichês dos filmes de terror e é nos apresentada de maneira rápida, o que pode frustrar o espectador e deixar algumas dúvidas sobre a história.

Para compensar, a direção de William Brent Bell (Filha do Mal) é ágil e precisa. Com cortes rápidos e bons movimentos de câmera, o cineasta faz com que a trama tenha um ritmo seguro e um bom timing para as cenas com sustos.

Mesmo sem o apelo de alguns clássicos do gênero, como “A Hora do Pesadelo”, “Brinquedo Assassino” e “Sexta-Feira 13”, “O Boneco do Mal” cumpre o papel de um bom entretenimento, pois é intrigante e permite que o público se envolva com a história.

por Pedro Tritto – CFNotícias