Teatro – Crítica: Coronel Mostarda Reloaded


“Coronel Mostarda – Reloaded” reúne para o público duas coisas que ficaram difíceis (para não dizer impossíveis) de se aproveitar presencialmente durante o isolamento social: peças de teatro e jogos com os amigos.

Antes da pandemia de Covid-19, a trupe teatral Grupo Pérolas apresentou por vários meses o espetáculo “Coronel Mostarda com Chave Inglesa na Cozinha”, inspirado em famosos jogos de tabuleiro como “Detetive” e “Scotland Yard”. Com a necessidade do isolamento e a impossibilidade de se ir ao teatro convencional, nasceu a versão virtual, totalmente realizada via plataformas digitais.

Na versão anterior (presencial), a peça se passava nos anos de 1950, com todo o clima noir da época; já a atualizada (digital) se passa com os netos dos personagens antigos. Em “Coronel Mostarda – Reloaded”, os detetives representados pelo público precisam ajudar na investigação de um caso que ocorreu em uma festa on line entre amigos quarentenados.

A diferente experiência é baseada no improviso do elenco que, para se aproximar de quem assiste à peça, convida os espectadores a ajudar na solução do misterioso caso de assassinato que está a cargo da investigadora Miranda – personagem que conduz o público durante a investigação.

A interação já começa quando, logo no início da apresentação, há um sorteio ao vivo que define os elementos clássicos do “Detetive” de tabuleiro. Quem sabe do que estou falando, logo reconhecerá os famosos itens que ajudarão a compor a história a ser encenada: o Assassino, a Vítima, o Cômodo e a Arma do Crime.

Desse ponto em diante e, através da improvisação dos atores, o público terá como objetivo assumir o papel de detetive e ajudar a decifrar o crime, com todas as informações propostas pelas cartas sorteadas.

Cada espetáculo é único, pois além da interação com os espectadores e o sorteio das cartas, o elenco é rotativo, e cada apresentação conta com uma combinação de atores e personagens diferentes. O resultado  é um misto de jogo de investigação com peça cômica de improvisação, recheada com muito suspense e mistério.

O público pode participar com mais interação como detetives via Zoom (sendo somente sete vagas disponíveis a cada apresentação), ou como detetives via Youtube – nessa modalidade, os comentários são feitos através do chat da plataforma. As duas alternativas rendem muita diversão e são uma ótima forma de entretenimento na segurança de casa.

As apresentações ocorrem todas sextas e sábados de março. Os ingressos podem ser comprados pela plataforma Sympla e as orientações para participar são enviadas por e-mail.

Crédito das fotos: Divulgação.

por Isabella Marques – especial para CFNotícias