Crítica: Uma Juíza sem Juízo


juizasemjuizo_posterMais uma comédia sobre estar bêbada e não se lembrar do que fez, e outra história que fala sobre uma gravidez indesejada, porém mesmo com um enredo que poderia ser um clichê o filme não é.

Juíza sem juízo é um filme francês e autêntico, pois em nenhum momento tenta se encaixar nos padrões de Hollywood, começando pelos parâmetros de beleza estética dos atores, que não são os que estamos habituados a ver nos cinemas.

O longa conta a história de uma juíza, muito bem sucedida, que desde criança aprendeu a não admirar os homens, com certeza um relacionamento é algo que Ariane Feldier  (Sandrine Kiberlain) não procura. Porém, em uma festa de ano novo, ao sair da rotina, ela acaba passando da conta na bebida e acaba mudando sua vida.

Seis meses depois Arine, que está com 40 anos, descobre sua gravidez, e ela não faz ideia de quem é o pai, correndo atrás de pistas ela descobre que está grávida de um perigoso bandido, dessa forma o filme segue narrando a trajetória cômica de uma mulher inteligente que pela primeira vez na vida não sabe como agir.

Os personagens do filme são trabalhados de uma perspectiva diferente da qual os espectadores estão acostumados, Arine é uma mulher moderna, que em não é encantada facilmente, que não possuí um caráter exemplar, e que diferente de protagonistas hollywoodianos tem os defeitos de um ser humano real.

O filme não foca seu enredo para criar um laço entre os protagonistas, e ganha muito com isso, pois possuí outros assuntos mais interessantes como a investigação sobre os crimes do futuro pai do filho de Ariane e o processo de descobrimento sobre a paternidade, essas partes do longa o enriqueceram comicamente, sem o piegas dos roteiros convencionais.

Outro aspecto interessante  é que todos os personagens do filme são trabalhados para serem engraçados, há cenas um pouco exageradas, que se pesa a mão para tentar arrancar risadas, mas não de maneira apelativa e sim um tanto quanto bizarra.

No longa, há também um conteúdo importante sobre um dilema que a personagem vive que é: Fazer o errado que nos favorece ou o certo que nos arruinará? O filme é um bom passatempo para quem procura uma comédia e está disposto algo diferente.

por Tatiane Teixeira – Especial para a CFNotícias